Arbitragem - Índice versus Futuro

Na linha do High Frequency Trading uma das estratégias mais manjadas é a de arbitragem.

Da Wiki:

"Arbitragem, no mercado financeiro e em Economia, entende-se por uma operação de compra e venda de valores negociáveis, realizada com o objetivo de ganhos econômicos sobre a diferença de preços existente, para um mesmo ativo, entre dois mercados. Trata-se de uma operação sem risco (ou de risco reduzido) em que o arbitragista aproveita o espaço de tempo existente entre a compra e a venda (em que o preço do ativo ainda não se ajustou) para auferir lucro. Por exemplo, sendo uma mesma ação cotada em dois mercados, o arbitragista compra o ativo no mercado em que ele estiver cotado a preço mais baixo e vende-no no outro mercado obtendo lucro. Outro exemplo é a arbitragem de compra de 'direitos à uma ação' contra a compra desta mesma 'ação', aplicando-se o mesmo princípio."

Hoje em dia as operações de arbitragem se movem um pouco mais rápido. O gráfico abaixo mostra o "spread" entre o índice Bovespa e o mini contrato futuro WING10 centrada em zero e descontada por uma taxa de desconto* minuto a minuto

*- Nerdisses a parte – o spread entre o índice e o seu contrato futuro é uma linha inclinada que nesse caso foi descontada pela taxa Selic elevada ao número de minutos passados do primeiro ponto, existem outras maneiras mais elegantes de se fazer isso, mas esta serve para este caso.

Apesar de o gráfico ser em barras de 1 minuto aparentemente as oportunidades de arbitragem existem, mas desaparecem rapidamente.

Esse gráfico serve para provar o ponto somente, pois seria completamente impraticável uma estratégia que comprasse e/ou vendesse o índice Bovespa, entretanto variações mais "aplicáveis" podem ser derivadas já que duas ações sozinhas correspondem a mais de 30% das variações do índice, ou a utilização das ETFs tupiniquins BOVA11, PIBB11, MILA11 e SMALL11 sendo que a lucratividade da estratégia seria limitada a liquidez desses ativos e, é claro, dos custos de corretagem.