Wednesday, March 17, 2010

Alguém tem que ser o chato...

O trabalho do "estraga prazeres" é um trabalho ingrato e geralmente não leva a lugar nenhum, mas existem coisas que se ninguém falar outras pessoas podem acabar saindo machucadas.

Na minha leitura diária encontrei a seguinte matéria: "Vale a pena confiar nos padrões gráficos propostos pela análise técnica?" que remete ao seguinte artigo:
"OMBRO-CABEÇA-OMBRO": TESTANDO A LUCRATIVIDADE DO PADRÃO GRÁFICO DE ANÁLISE TÉCNICA NO MERCADO DE AÇÕES BRASILEIRO"

A priori a idéia é interessante, testar determinadas formações gráficas com ferramentas mais rigorosas de análise estatística é uma ótima maneira de transformar vodoo em algo aplicável e principalmente conhecer melhor as qualidades e defeitos de uma determinada técnica.

No caso do artigo mencionado acima, o teste foi feito em cima do OCO e do OCOI, formações manjadíssimas de analise técnica que de acordo com os autores é capaz de gerar retornos positivos e estatisticamente significantes. Porém, no caso do OCO esses retornos positivos praticamente não são suficientes para pagar os custos de transação e no caso do OCOI gera retornos positivos e significantes...


 

...Ok...Levando-se em consideração que o OCOI é um subtipo de uma operação de COMPRA de breakout de uma linha de tendência bem definida e que artigo utilizou o período de Janeiro de 1994 a agosto de 2006 onde o índice Bovespa subiu mais de 9.450% (isso mesmo...nove mil quatrocentos de cinqüenta por cento), simplesmente apresentar um retorno positivo não quer dizer muita coisa, praticamente qualquer tipo de estratégia "long only" nesse período apresentaria retornos positivos...é tudo uma questão de datamining...

Dessa forma consigo pensar em dois caminhos que podem ajudar a complementar o estudo de forma a saber realmente se o OCO/OCOI tem realmente capacidade preditiva:

1 – Criar um "Fundo fictício de investimentos OCO/OCOI only" que derivaria seus retornos somente da estratégia e comparar o retorno ajustado pelo risco e principalmente se o Alfa é positivo e significante (alfa de Jensen, CAPM – valor adicionado pela estratégia/gestor)

2 – Utilizar o Bootstrap em uma série de retornos "livre de tendência" (retornos diários menos a média de retorno diário do período) e testar a hipótese dos retornos serem diferentes de zero. Ao utilizarmos uma série "livre de tendência" fica bem fácil saber se a estratégia testada consegue realmente comprar na baixa e vender na alta.


 

Se fosse tão fácil tava todo mundo rico...

1 comment:

  1. Oi Ninja,

    Olha o Bulkowski ai !
    http://thepatternsite.com

    Abraços,
    Xico
    http://xicotrader.blogspot.com

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